
A prática do desenho coletivo é uma ótima maneira de desenvolver integralmente as crianças, pois ela consegue atuar nos diferentes campos de experiência e, além disso, é prazerosa e divertida para os alunos.
Confira a seguir um pouco mais sobre o desenho coletivo e quais as vantagens em realizá-lo na sua sala de aula. Boa leitura!
A BNCC e os campos de experiência
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) serve como uma orientação para os gestores e professores construírem os currículos e planejarem as atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano letivo.
Para a educação infantil, especificamente, a base define os direitos de aprendizagem e os campos de experiência como requisitos para preparar o aluno para o ensino fundamental no qual eles irão trabalhar questões das diferentes áreas do conhecimento.
No caso dos campos de experiência, eles são uma forma de promover o desenvolvimento integral das crianças.
Mas para isto, segundo a base, é preciso realizar práticas instigantes aos alunos e que, ao mesmo tempo, supram suas necessidades educacionais.
Nesse contexto, a prática do desenho coletivo torna-se extremamente relevante e adequada, pois a maioria das crianças adora desenhar desde cedo, mesmo quando seus desenhos são apenas rabiscos.
O desenho coletivo e a inter-relação entre os campos de experiência
Conforme definido na BNCC existem cinco campos de experiência:
- O eu, o outro e o nós;
- Corpo, gesto e movimentos;
- Traços, sons, cores e formas;
- Escuta, fala, pensamento e imaginação;
- Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações.
Em princípio, a atividade do desenho coletivo parece mais relacionada ao campo de experiência ‘traços, sons, cores e formas’, pois há um predomínio do uso da linguagem visual durante a sua realização.
Porém, quando ficamos atentos a tudo que ocorre percebemos que ela integra os cinco campos e, por isso, é tão enriquecedora para o educando.
Por exemplo, quando a criança precisa interagir com o amigo para entender o que ele está desenhando dois campos são estimulados: ‘o eu, o outro e o nós’ e ‘escuta, fala, pensamento e imaginação’.
Ao se movimentar pela sala, ou mudar sua posição corporal para desenhar a partir de uma outra perspectiva, a criança estabelece vínculos entre os campos ‘corpo, gesto e movimentos’ e ‘espaço, tempo, quantidades, relações e transformações’.
O professor atento ao processo vai identificar muitas outras conexões entre e ter a certeza de que o desenvolvimento de seu aluno ocorre integradamente.
Benefícios do desenho coletivo
Uma boa atividade de desenho coletivo precisa ser libertadora, propiciar a livre de expressão do educando, sem a imposição de normas e padrões.
O professor não deve direcionar as ações dos alunos, mas sim mediar o processo de descobertas.
Assim, a partir dessa perspectiva diversos são os benefícios obtidos. Através de seus desenhos, a criança amplia e adquire uma série de capacidades. Dentre elas:
- criatividade;
- coordenação motora;
- percepção;
- imaginação;
- observação;
- concentração.
Além disso, ao permitir a expressão de experiências e da imaginação o desenho torna-se uma estratégia para o autoconhecimento.
Cabe ao professor, nesse momento, compreender o seu aluno, identificar suas características, sua forma de agir e a maneira como percebe o mundo.
Ainda, por ser uma atividade em grupo, mais alguns ganhos ocorrem:
- sensibilização para o ato de agir coletivamente;
- trocas de ideias;
- compartilhamento de objetos;
- atitudes de participação e cooperação;
- outras formas de pensar e de se expressar;
- desenvolvimento do respeito aos colegas.
Enfim, diante de tudo que mostramos, fica claro que montar seu planejamento pedagógico considerando a prática do desenho coletivo é, sem dúvida, uma ótima estratégia para promover o desenvolvimento dos alunos, não acha?