
O bullying ocorre em diversos contextos sociais e o ambiente escolar também é local para disseminação dessa prática, inclusive na educação infantil.
A seguir, abordamos o tema e explicamos o que pode ser feito para evitar tais condutas entre as crianças. Boa leitura!
Saber identificar o bullying
Nem todos os atos de agressividade e violência que acontecem no ambiente escolar são considerados bullying. Por isso, é preciso saber reconhecer a prática. Indicamos abaixo suas principais características:
- é uma agressão física ou psicológica intencional;
- é realizada por um ou mais indivíduos;
- seu participantes são: o alvo, o agressor e os espectadores;
- constitui-se em uma demonstração de poder entre os envolvidos;
- acontece apenas entre grupos de faixa etária próximas.
Quando pensamos no ambiente da educação infantil, precisamos estar atentos, pois tais ações são passíveis de acontecer com crianças a partir dos três anos de idade. Afinal, é nesse momento que elas começam a socializar, bem como a descobrir mais sobre si mesmas e sobre os outros.
Vale ressaltar que as consequências desses comportamentos para o alvo da ação são bastante preocupantes. Dentre elas destacamos:
- dificuldades de aprendizagem;
- ansiedade e medo;
- problemas para ir a escola;
- isolamento;
- surgimento de traumas que influenciam a formação da personalidade.
E como a construção do caráter ocorre até, mais ou menos, os seis anos, torna-se essencial um trabalho que vise formar crianças para respeitarem as diferenças e singularidades de cada um.
Como agir diante da situação
Ao perceber uma prática de bullying o professor deve agir imediatamente a fim de evitar que se repita. E, mais do que isso, precisa demonstrar às crianças que a atitude não é correta, pois, acima de tudo, não é respeitosa.
Isto precisa ser feito através do diálogo, do afeto, de uma explicação satisfatória e educativa. Assim, todos compreendem porque o bullying não deve ser praticado.
Um outro ponto essencial é observar frequentemente as crianças, pois dificilmente quem sofre a agressão relata a situação. Normalmente são alunos mais tímidos e que têm dificuldades para se expressar e mesmo interagir com a turma.
Casos de isolamento podem indicar que um educando está sendo alvo da violência e a família precisa ser contatada o mais rápido possível.
Práticas para evitar o bullying
A melhor maneira de evitar o bullying é abordando temáticas sobre a diversidade, pois elas colocam as diferenças em evidência, valorizando-as. Junto a isso, estimular o diálogo e a resolução de conflitos entre os alunos é outra estratégia que funciona.
Princípios como altruísmo, cooperação e empatia também são ótimos temas a serem trabalhados, pois promovem a reflexão sobre como interagir e viver em sociedade.
Diversas práticas podem ser feitas com esse intuito, sempre de forma lúdica, uma vez que estamos tratando da educação infantil. Listamos algumas a seguir:
- realizar debates nos quais todos possam falar e argumentar;
- fazer leituras de obras literárias e conversas sobre elas;
- promover atividades solidárias como trocas e doações;
- utilizar jogos em equipes que foquem na colaboração;
- propor jogos teatrais que incentivem a liberdade de expressão;
- proporcionar momentos de criação artística coletiva;
- incentivar as habilidades de escuta junto à expressão pessoal.
A partir dessas dinâmicas, os alunos desenvolvem o respeito e a interação social saudável. E aliadas a elas, é ideal que o professor seja um exemplo para as crianças, afinal, nessa importante fase do desenvolvimento elas imitam muito do que observam.
Enfim, dessa forma espera-se que o resultado seja uma redução dos casos de bullying, ao mesmo tempo em que se diminui a possiblidade de formar futuros agressores.
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